sábado, 22 de novembro de 2008

em vão

Quando começava a doer, desviava o pensamento. Forçava mesmo, e muitas vezes até que consegui. Pra não chorar, me lembrava de milhares de coisas felizes. Ludibriava as infinitas futuras lágrimas, e às vezes dava muito certo. Quando dava raiva de sentir o que eu sentia, deixava de sentir. Mesmo que apenas por segundos. Se eu via uma chance clara de ser feliz, juro que tentava agarrar a possibilidade. Mesmo que nunca passassem de tentativas. Pra ficar bem, parei de falar com você, de vez. Porque quanto mais eu falava, mais saudade eu sentia. Isso tudo foi realmente muito importante, até porque a gente não pode se acomodar a um sentimento ruim, que machuca constantemente.

Mas sabe do que adiantou? De nada.

Um comentário:

Kleber disse...

Caramba, Fabi!
Como eu te disse lá no orkut, esse parece um texto que eu escreveria...
Me identifiquei muito com suas palavras.
Já me comportei dessa maneira mais de uma vez, inclusive deixando de falar com a pessoa.
Mas entendi que foram medidas necessárias e o meu ápice foi entender que somente a distância poderia me ajudar a superar tudo.
Hoje, depois de alguns anos, vi que foi o melhor que fiz, pois pude arrumar a bagunça que foi deixada aqui dentro e já começo a sentir aquela vontade de começar tudo de novo, sabe como é?
Uma nova pessoa, uma nova história, novas sensações, novas dúvidas!

Te desejo sorte e força em superar tudo e passar com o menor dano possível e que logo você possa também sentir essa vontadezinha crescendo em você, afinal é preciso ter história para contar, né?

Beijos e abraços.