segunda-feira, 27 de abril de 2009

Silêncio diz tudo?

Se ele tivesse gostado de mim, teria ligado. Claro que sim. Não precisava ter sido logo depois nem durante a madrugada, mas certamente no outro dia, durante a tarde ou a noite, sei lá. Se ele tivesse sentido o que eu senti, não ia conseguir não ligar. Se aquele olhar tivesse mexido com ele de verdade também, ele não ia controlar o impulso. Mesmo que quisesse. Se eu liguei? Não, mas também seria meio tonto eu ir atrás. Né? Ah, ia dar muito na cara, até porque ficou muito claro que eu tinha ficado a fim. Pelo menos era pra ter ficado. Será que não?

Talvez ele tenha até gostado de me ver sim, mas achou que eu não dei muita bola, e daí também quis fazer um charminho, não parecer muito facinho, e deixou pra ligar só depois de um tempo. Pode ser... mesmo porque deixei de aceitar tantas vezes seus convites pra sair. E eles também devem ter medo de forçar a barra e de quebrar a cara. São homens, mas têm sentimentos. Alguns.

Aaai, pelo menos dessa vez ele podia ter seguido as regrinhas básicas, me ligado, ter dado algum sinal, e-mail, msn, algo assim, mas não. Ele sumiu. O que será que aconteceu? O que será que ele tá pensando? Será que ele tá pensando? Porque há uma diferença muito grande nisso, mesmo que o resultado no momento (o de não aparecer) seja o mesmo: ele pode estar que nem eu, pensando no que fazer e como agir, loucamente (!) apaixonado e suspirando; ou pode simplesmente já ter esquecido de qualquer coisa no minuto seguinte, logo que eu sumi de vista.


Coisas opostas, que fazem toda a diferença, e que a gente dificilmente fica sabendo qual prevalece. Porque o que conta mesmo (em qualquer coisa no mundo) não é O QUE efetivamente você faz, mas COMO você faz. Será que ele espera que eu vá atrás?

Não saber se ele pensa ou não, se ele quer ou não, atrapalha tudo. A gente nunca sabe. As duas pessoas podem ter uma vontade louca de se encontrar, por exemplo, mas se ficam indecisas em tomar alguma atitude ou se disfarçam não ter tanto interesse assim, uma pode acabar achando que a outra não quer nada e que não sente nada, e isso pode levar a um desencantamento, que se transforma em tristeza e dores infinitas. Pensamentos. Achismos. Tudo em vão. O mundo é mesmo psicológico.


Que saco pensar que mesmo que o mais difícil aconteça e que todas as coisas se encaixem (você encontrar uma pessoa demais, essa pessoa te achar demais, rolar um clima mágico, etc etc etc) pode terminar em algo que não tem nem como definir. Acabar em desentendimentos imaginários, em invenções que se perdem no ar e se tornam reais.