domingo, 27 de abril de 2008

nobody said it was easy


Imagine uma coisa, algo ou alguém que você goste muito, demais, infinito. Que te provoque os sentimentos mais lindos e verdadeiros, que te faça feliz simplesmente por existir, algo que acabe mudando sua vida porque passa a fazer parte dela, substancialmente, num todo, todo o tempo. Sabe aquele amor que surge tão forte e real que você tem a certeza de que foi um presente? Você sabe, não tem jeito. Não é todo mundo que tem a sorte de amar incondicionalmente. A gente se sente mais forte, mais confiante, aquilo te faz ver a vida e o mundo de um outro jeito, bem melhor, mais lindo. Você sabe e sente que a sua felicidade está ali! Só ali você será feliz pra sempre. Mesmo que esse ‘só’, depois de um tempo – que pode ser curto ou imenso –, possa ser transferido a outras coisas ou outros ‘alguéns’. Mas agora você sabe o que quer e o que te completa. Está ali.

Agora imagina ter que pegar isso tudo, o que você tem de mais lindo, o mais importante pra você, o que você considera o motivo de tudo, a sua felicidade, e ser obrigado a ir sufocando e acabando com tudo, com cada sonho bom. E você não pode nem pedir ajuda a outra pessoa, é você que tem que fazer! É maldade demais. Ter que matar um a um todos os seus sonhos, com suas próprias ‘mãos’, lutar a cada segundo pra acabar ou fazer diminuir uma coisa que você não quer que acabe nem que diminua. Qual o sentido de fazer sumir um amor sem restrições, que só quer o bem, sem nada de mais em troca? Todos dizem que o amor e a dor andam juntos, de mãos dadas. Mas quando a dor não passa, quando o amor do outro lado não vem, aí você tem que tirar forças sabe-se lá de onde e fazer o que deve ser feito: acabar com o que há de melhor em você. E torcer para que algo aconteça, sabe-se lá como e quando, e te devolva o fundamental. A vida.